TRANSMISSÃO AO VIVOMORTO

Nas redes, os debates distorcidos têm maior influência na formação da opinião pública do que a factualidade. A realidade pode ser ambígua e não se encaixar nas noções convencionais de causa e efeito. Em um estado indeterminado, simultaneamente vivo e morto, versões distintas apontam para a importância da perspectiva, tanto acerca do que está no quadro como do que está no extracampo. A interação com o sistema quântico pode afetar o axioma.

Trabalho realizado através do Edital para projetos de Curta Duração, da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), através da Lei Aldir Blanc (2020).

FICHA TÉCNICA

Direção, roteiro, fotografia e performance: Felipe Damasceno, Honório Félix e William Pereira Monte

Operação de câmera: Felipe Damasceno, Honório Félix, William Pereira Monte e Yule Bernardo

Arte gráfica: Yule Bernardo

Realização: No barraco da Constância tem!

PRINCIPAIS EXIBIÇÕES

- Apresentações avulsas em 2021 – Online – Fortaleza (CE).

PRÊMIOS

- Criação – Edital para projetos de Curta Duração – Secultfor – Lei Aldir Blanc.

RELEASE

Transmissão ao vivomorto (2021) é uma fake live audiovisual pensada para plataformas digitais e redes sociais, que instiga o espectador a mover a realidade pelo vídeo. Proposta para ser exibida em formato vertical, o vídeo contrapõe os pequenos formatos de exibição para internet, disseminados nas principais redes sociais, e apresenta uma proposta de dramaturgia que traz questões que englobam física quântica e universos paralelos, a partir do gato vivomorto de Schrödinger; design e tecnologia, a partir do conceito de gambiarra; e também questões como colonialidade e políticas afirmativas de visibilidade a minorias historicamente subalternizadas.Numa perspectiva de experimentalismo e de invenção, a transmissão ao vivomorto nasce também de uma vontade em levantar questões sobre o lugar do espectador como aquele que observa e, justamente por isso, é quem factua um determinado acontecimento.