IRACEMA TERCEIRIZADA

Iracema impregna o território da cidade, extrapolando o romance de José de Alencar para cumprir outros serviços em prol de interesses dominantes. Símbolo de uma mitologia nacionalista e colonial, ela é transformada mais uma vez em um novo monumento, visando restaurar, preservar e promover ainda mais o patrimônio cultural e ambiental da Praia de Iracema, valorizando a cultura local em sintonia com as últimas tendências da aldeia global.

Trabalho realizado em parceria com a artista Érica Zíngano.

FICHA TÉCNICA

Direção, roteiro, texto, performance e captação de vídeo: Érica Zíngano, Felipe Damasceno, Honório Félix, Renan Capivara, Sarah Nastroyanni e William Pereira Monte

Edição e montagem: Felipe Damasceno, Guilherme Peters e Honório Félix

Assistência de montagem: Érica Zíngano

Produção: Ana Carla de Souza

Arte gráfica: Yule Bernardo

Colaboração artística: Bruno Schiavo, Diego Diasa, Fabiana Faleiros, Georgia Vitrilis, Lucas Parente e Suene Honorato

Realização: Érica Zíngano e No barraco da Constância tem!

PRINCIPAIS EXIBIÇÕES

- Parlavratório 2021. Evento literário – Online – Sesc 24 de Maio – São Paulo (SP);

- Screening and debate 2021. Mostra audiovisual – Galeria do Banco Económico – Luanda (ANG).

RELEASE

“Iracema Terceirizada” (2021) é um vídeo de Érica Zíngano e do grupo No barraco da Constância tem!, editado em conjunto com Guilherme Peters, criado especialmente para o evento online “O corpo dá palavra – Parlavratório”, organizado no SESC-SP por Fabio Morais e Daniela Avelar. O vídeo trabalha com questões contemporâneas que atravessam o território da cidade de Fortaleza e o imaginário cultural brasileiro, pensando sobre políticas públicas e políticas das artes e procurando repensar lugares canônicos instituídos através da icônica figura de Iracema, que extrapola o próprio livro de José de Alencar, publicado em 1865, impregnando o território da cidade de Fortaleza com material simbólico. Num tempo em que estamos nos perguntando sobre o sentido da memória, a invenção dos mitos e o real valor das representações simbólicas através dos monumentos, “Iracema Terceirizada” com a “COBPI-65” incorporam uma forma debochada de discutir essas questões de um passado nacionalista e colonial, num reposicionamento estratégico sobre o real valor das coisas.