RÉ DA Ó

Na segunda metade do século 19, o Brasil se fortaleceu na construção da identidade nacional, através do fomento programado à criação e circulação de expressões artísticas. Como destaque, o aparato da tecnologia da informação, criando um capitalismo editorial para difusão geográfica e idealizada de um protobrasileiro e de um protobrasil. Assim, essas linguagens artísticas unificadas nos campos de intercâmbio e de comunicação faziam surgir uma espécie de hegemonia cultural. Na arquitetura da nação, romântica e afrancesada, propositadamente passaram despercebidos diversos pontos constitutivos do Brasil. Todos inventados por um projeto unificador embebedado em sangue. Peça fundamental dessa arquitetura é Il guarany, ópera de Carlos Gomes a partir do romance de José de Alencar. Retirando a obra de sua moldura, na busca por enxergar o que dela está por trás – fazendo o resumo do resumo desta ópera – "Ré da Ó" é uma contra harmonia rasgada de Ayrton Pessoa Bob, Clau Aniz, Marta Aurélia e Vitor Cozilos.

Com estreia prevista para 2024.

Uma realização do No barraco da Constância tem! e do Teatro Máquina. Com Ana Luiza Rios, Ariel Volkova, Ayrton Pessoa Bob, Breno de Lacerda, Clau Aniz, Honório Félix, Levy Mota, Loreta Dialla, Marta Aurélia, Renan Capivara, Sarah Nastroyanni, Vitor Cozilos e William Pereira Monte.