A

"A" se divide em atos, do primeiro ao último, totalizando quatro – o quadrado – que traz a magia de tudo aquilo que é concreto e se assenta na camada externa da assimilação: o reflexo das galáxias distantes, a concretude da abundância exuberante. O primeiro ato – o traço – evoca as possibilidades e a resplandecência dos caminhos que se abrem; na rua, frente ao que se convenciona a “porta” – delimitação espacial para as entradas, as saídas e os fluxos em geral – uma figura sacerdotal conduz outros quatro ao balbucio do primeiro bailado. O segundo ato – o cruzado – compreende a travessia entre fronteiras: eles ultrapassam a da zona fronteiriça, dando início ao conjunto de gestos primordiais que desencadeiam uma dança infinda sobre um cruzo. No terceiro ato – o círculo – matéria etérea, a vacuidade de todos os fenômenos, o bailado da sublime sinfonia dos caminhos desvendados que conduzem a abertura do portal encantado inerente ao oceano de manifestações, o princípio da miríade das existências. "A" é uma performance inédita, criada em 2023 para a Verbo, com apresentações na Chão SLZ (MA), Pinacoteca do Ceará (CE) e Galeria Vermelho (SP), desdobrada do trabalho coreográfico Delirantes e Malsãs, de 2020, criado para praças públicas. 

Com estreia prevista para 2023. 

Uma realização de No barraco da Constância tem!. Com Breno de Lacerda, Felipe Damasceno, Honório Félix, Ruth Aragão, Sarah Nastroyanni e William Pereira Monte.